A tecnologia está transformando as nossas cidades, a nossa arquitetura e o modo das pessoas se relacionarem. À medida que o mundo está ficando cada vez mais urbanizado, computadores de última geração e sistemas telemáticos digitais vão penetrando em todas as áreas da vida urbana.
O acesso a essa nova rede de relações sociais proporcionada pela tecnologia não é democrático. As classes mais baixas impossibilitadas de adquirir o equipamento de acesso à rede, sofrem dificuldades em participar das trocas de informações que acontecem no mundo virtual. Essa ligação entre diversas partes do mundo não integram verdadeiramente todos os espaços reais.
Essa fuga das classes médias e altas para o mundo virtual, causada provavelmente pelo medo da violência ou apenas para ter contato com grupos com interesses mais semelhantes aos seus, muda o caráter das relações humanas, fazendo com que surja um novo espaço para elas se “encontrarem”.
Será o fim das cidades? Cidades virtuais devem servir como suporte não como substituto dos espaços públicos urbanos.
A tecnologia usada nos modelos dos Archigram e dos metabolistas representava o futuro almejado pelos grupos. Edificações reduzidas e móveis para otimizar o espaço público. Agora a tecnologia tende a recriar esses espaços virtualmente.
O desafia para os planejadores e legisladores é a construção de cidades virtuais consistentes, acessíveis e localizadas, que completem as cidades reais, re-conectando os diversos fragmentos dos elementos de uma cidade.
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